domingo, 5 de janeiro de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME RENOIR

Boa parte dos filmes sobre pintores ou artistas abordam a biografia ou passagens interessantes da vida artística. No filme "Renoir", que traz às telas a vida do pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) interpretado por Michel Bouquet, o diretor Gilles Bourdos apresenta o protagonista de forma subliminar. O interesse da história se desloca entre o aparecimento da modelo Andrée (Christa Theret) e o seu envolvimento amoroso com Jean (Vincent Rottiers), um dos filhos do pintor que luta na Primeira Guerra Mundial. Sobre o artista se evidencia o agravamento dos problemas de saúde na velhice e o seu espírito artístico de sobrevivência.

 
No entanto, o longa consegue exprimir conflitos familiares relevantes, quase imperceptível para o espectador, como a carência afetiva dos filhos e o hábito das traições. Além disso, mostra um ambiente familiar que propiciava a afloração sexual e, naturalmente, o envolvimento dos filhos, na adolescência, com as modelos que trabalhavam no ateliê do pai. Contudo, há momentos em que o filme consegue reproduzir aspectos com precisão poética do movimento impressionista, quando por exemplo, o artista, pintando ao ar livre, buscava captar a sensação fugaz do instante passageiro. A caracterização da época, do cenário, do figurino e da fotografia são elementos de encantamento à parte. Mais informações no site oficial.
 
 
 
Título Original: "Renoir"
Direção: Gilles Bourdos
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 111 min.
Distribuidora: Europa Filmes
Sinopse: Côte d’Azur, França, 1915. O pintor Pierre Auguste Renoir sofre com a perda da esposa e com as dores da velhice. Mas quando a jovem Andrée aparece e passa a ser sua modelo, sua vida ganha novo sentido.

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